
Invoquei em escrever uma letra sobre um assunto- investigação-curiosidade: como seria a Amélia do século XXI ? Depois de queimar o sutiã , obter direito ao voto e passar a exercer cargos de comando em poderosas empresas, como sentem-se hoje as mulheres? Aliviadas por terem mais autonomia ou sobrecarregadas porque além dos afazeres domésticos acumulam a função de sustentar uma casa? Pesquisei , e não pude deixar de (re) ler O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir; obra esta que me ajudou a clarear os pensamentos e a trazer para a música a seguinte frase: “Já não quer ser o Outro, hoje ela é Um também.” A Amélia de Ataulfo e Mario Lago mudou. Aquela que “era mulher de verdade e que não tinha a menor vaidade” hoje se desdobra entre a delicadeza de saber preparar uma refeição e a garra de acordar cedo pra ir trabalhar e tomar decisões. E, claro, se por acaso der pra fazer as unhas no intervalo do almoço, melhor ainda.
Isso posto, nada mais que merecido que na gravação dessa música tivesse um coro de meninas:
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